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Foto do escritorTatiana Auler

Você gosta de presentear outra pessoa? Eu adoro!


Outro dia estava pensando sobre presentear a mim mesma. Por muitas vezes, quando fui me presentear, comprar algo de que gosto, fazer algo por mim, vinha uma sensação de culpa. Mas quando fazia pelo outro, só sentia satisfação e prazer.


Muito estranha essa sensação de que, para o outro, tudo bem me esforçar, dar um presente, mas para mim, não! Eu pensava que só deveria ter o suficiente... nada de supérfluos, presentes fora de época, mimos ou qualquer coisa parecida.


Por que será que existe essa diferença na sensação entre agradar o outro e agradar a si mesmo?!


Imagine que o seu cérebro tem uma missão muito especial, que é viver bem socialmente. O nosso sistema socioemocional está sempre ligado e pronto para resolver conflitos sociais. Imagine você a satisfação que temos quando resolvemos o problema de um relacionamento? Não é super gratificante!? Ter um problema com alguém pode não ser tão prazeroso, mas ter um problema e resolver é extremamente satisfatório.


Nosso cérebro adora uma recompensa! Pensemos que, se estamos buscando um nível de satisfação maior em nossas relações, se buscamos nos sentir amados, queridos, quando o presenteamos, o outro sente (cérebro) que recebeu uma recompensa pela dedicação à relação. E quem está presenteando, quando recebe aquele abraço gostoso, aquele "muito obrigado!", sente-se recompensado (cérebro) igualmente. Coloco a palavra cérebro entre parênteses para que você saiba que a satisfação acontece por conta das químicas da emoção que são geradas quando se tem um bom estímulo.


A sensação de bem-estar em presentear outra pessoa dura muito mais do que a sensação de prazer imediato de quando nos presenteamos. O que estou dizendo não é uma regra, é uma possibilidade que venho observando em meu consultório, com os relatos dos meus pacientes.


Quando nos presenteamos, se estamos em dúvida se merecemos o presente ou não, se podemos nos presentear naquele momento ou não, se deveríamos estar presenteando outra pessoa e não a nós mesmos... Se surgirem tantos questionamentos e a decisão do presentear-se não for 100% acordada com todas as suas partes, o sentimento de recompensa e satisfação duradoura não permanecerá. O que pode acontecer, é que, no momento do presente, você sinta aquela química do prazer, mas logo depois surgem os pensamentos boicotadores te convencendo de que não deveria ter feito.


A minha dica para você é: lembre-se de que é merecedor de muitas coisas boas! Se você não estiver se descapitalizando, ou seja, dando-se presentes que realmente não cabem no seu orçamento ou deixando de fazer algo (responsabilidade) para ter prazer, pode ter 100% de certeza de que és merecedor de se beneficiar por tanto esforço que faz em sua vida!


Tatiana Auler

Psicóloga

CRP 05/56969

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