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Você controla sua emoção ou ela controla você?


Quantas vezes somos pegos de surpresa por nossas próprias emoções? O fato é que elas são capazes de nos controlar quando nós não as controlamos e, quando isso ocorre, ela influencia nossos pensamentos e comportamentos e, baseadas no ímpeto do momento, as decisões serão tomadas. O Controle emocional nos proporciona maior clareza sobre cada situação vivida. Quando possuímos um senso de observação crítico e reflexivo, nos tornamos capazes de exercer um autocontrole ou de pelo menos administrar melhor os nossos sentimentos. Dessa forma, percebemos nossas necessidades e identificamos as necessidades do outro e o que o motiva a agir de determinada forma. Dessa maneira abrimos espaço para um olhar mais holístico e humano e menos julgador. Nas últimas décadas, temos vivenciado momentos intensos, de agressão física e violência dentro e fora das escolas, em meio a um momento de evolução crescente e disseminação da tecnologia e globalização, que aproxima mundos e pessoas tão distantes, disponibilizando a informação ao alcance de um clique imediato. Poderíamos pensar que estamos vivendo o momento mais brilhante da história humana, porém, esquecemos o principal: o desenvolvimento das habilidades emocionais. Talvez esse seja o grande reflexo das relações do nosso passado. O grande investimento sobre a tecnologia e a razão fez com que o homem esquecesse suas necessidades de amor e acolhimento. Com isso, formamos muitas crianças para o mercado de trabalho, e não para a vida, ignorando muitas vezes seus desejos e anseios. Isso resulta em adultos que pouco sabem sobre si mesmos e suas emoções. Envolver um indivíduo no aprendizado requer envolvê-lo por completo: seu intelecto, seus sentimentos e emoções. Se queremos no futuro desenvolver uma sociedade mais justa, consciente e mais empática, precisamos começar a desenvolver essas habilidades em nós primeiro! Devemos lembrar que o maior aprendizado não é aquele que se transmite pelas palavras, mas sim aquele que podemos oferecer por nosso comportamento.


Fernanda Silva

Pedagoga


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