Sobre Constelação Familiar, podemos dizer que ela é uma terapia familiar sistêmica, onde se procura verificar, no sistema familiar do cliente, se ele está emaranhado ao destino de algum membro anterior deste sistema, ou seja, se ele está identificado, de forma inconsciente, ao destino de algum ancestral, passando a assumir um comportamento, um sentimento, ou o próprio destino deste familiar.
E isto acontece a partir de leis que regem este sistema e que influenciam a todos, e às quais todos estão submetidos. Estas leis surgem com a própria evolução da humanidade, uma consciência arcaica de grupo, de pertencimento e inclusão ao clã, uma consciência que não mais percebemos nos dias atuais, a não ser através de sua manifestação transpessoal, no nível das almas. Estas leis ou ordens, não são algo imposto, mas se tornaram inerentes a todo indivíduo.
Além da ordem do pertencimento, há a ordem da precedência, ou seja, os mais velhos têm a prioridade sobre os que vêm depois, ou seja, a importância de ocupar o seu lugar nas relações familiares. Outra lei a ser seguida é a do equilíbrio entre dar e tomar, seja nas relações entre pais e filhos, seja na relação de casal. Ela constitui as ordens do amor que, quando não observadas, podem levar um descendente, a partir de um amor cego, trazer para si traumas de um ancestral a que esteja ligado, seguindo-o no seu infortúnio.
A finalidade da Constelação Familiar é trazer à luz estes processos profundos e libertar o indivíduo desses emaranhamentos, trazendo a ordem e, com ela, a solução e a reconciliação no sistema familiar.
O método de trazer questões psicológicas para serem reveladas através da representação espacial das pessoas envolvidas, já era conhecido. O médico Moreno, também psicólogo e dramaturgo, o utilizava no psicodrama.
Na Constelação Familiar, o cliente traz o tema a ser trabalhado, o terapeuta faz algumas perguntas essenciais, e o cliente, ou o terapeuta, escolhe, na assistência, pessoas que representarão os membros da família envolvidos e os dispõe no espaço da sala, e o faz, se deixando levar pela intuição. Numa sessão individual, os representantes são bonecos escolhidos pelo cliente. Os representantes passam a sentir como as pessoas reais que eles não conhecem, uma percepção do campo anímico dos familiares envolvidos. Na sessão individual, esta percepção se concentra no terapeuta.
A Constelação termina quando a dinâmica do campo aponta um caminho de solução, restaurando a ordem e reconciliando os membros do sistema familiar.
Deva Vasant
Psicólogo Clínico Transpessoal
CRP 05/24553
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