Provavelmente você se sente muito bem em ajudar alguém, mas se sente desconfortável em pedir ou receber ajuda. Você sabe porque isso acontece?
Quando ajudamos uma outra pessoa, temos a sensação que somos fortes, capazes, que sabemos mais que o outro. Em resumo, nossos potenciais ficam evidenciados. Quem é que não gosta de ter a fama de um "super-herói"? Quando estamos do outro lado da cena, recebendo ou pedindo ajuda, nos colocamos em uma posição frágil, vulnerável, nos sentimos impotentes ou incapazes e necessitados de que alguém faça pela gente o que não estamos conseguindo fazer. Esse "lugar" mexe com o nosso ego. Ninguém gosta de se sentir assim! Você percebe que a mudança de posicionamento da pessoa que ajuda, da que é ajudada faz uma diferença incrível na maneira como você se julga e julga o outro?
Não paramos para pensar em algo muito importante! Mudamos esse posicionamento por diversas vezes em nossas vidas, as vezes somos a pessoa que pede ajuda, às vezes somos a pessoa que recebe ajuda.
- Como você definiria uma pessoa que nunca pede ajuda e só quer ajudar os outros?
Só avance no texto após responder essa pergunta.
- Você quer ser visto desta maneira?
- Invertamos a pergunta: como você definiria uma pessoa que só pede ajuda e não ajuda ninguém?
Só avance no texto após responder essa pergunta.
Volte no seu passado, na sua infância, na adolescência e lembre-se de como você foi educado em relação a pedir ajuda, ajudar o próximo. Muitos educadores acabam pecando nesse lugar... pais que se colocam indisponíveis para ajudar, fazendo com que a criança sinta que não pode pedir ajuda, que tem que se virar sozinha; pais que ajudam demais e geram uma sensação na criança que ela não é capaz de fazer algo sem que receba uma ajuda... coloquei apenas dois modelos, mas você pode pensar sobre outros que tenha vivido.
A maneira que você aprendeu o que é ajudar e ser ajudado, tem muita memória emocional envolvida.
Não é saudável nenhum dos dois extremos. E por esse motivo, desconstruir esse modelo de ajuda atrelado as suas memórias, é importante para que você possa lidar com esse tema de maneira mais equilibrada nos dias de hoje. É importante sabermos nos colocar no lugar da pessoa que ajuda e da que recebe ajuda. Criar relações colaborativas. Afinal, sempre temos com o que contribuir para o outro, da mesma maneira que o outro também tem com o que contribuir com a gente.
Psicóloga
Tatiana Auler
CRP 05/56969
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