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Foto do escritorTatiana Auler

Sou mesmo uma vítima do mundo?


Tudo acontece de errado comigo! Parece que estou sempre caindo nos buracos da vida, as pessoas não me perguntam se preciso de algo, não me acolhem, não cuidam de mim. Me sinto sozinha tendo que resolver tudo e ninguém me pergunta como estou me sentindo. Só vivo injustiças! Ajudo a todos e ninguém me ajuda. Esse é o discurso de uma pessoa que se sente vítima da vida. Você já deve ter repetido algumas dessas falas ou ter ouvido alguém do seu convívio dizer.

Não julgo uma pessoa que se sente mal a ponto de se colocar nessa posição. Prefiro tentar entender em qual momento essa dor começou a existir. Algumas reflexões podem ser feitas para conscientizar o padrão da vitimização. Por exemplo: podemos pensar sobre como essa pessoa se sentiu cuidada na infância e na adolescência. Muitas vezes podemos encontrar uma resposta como: meus pais não se importavam comigo, não tinha ninguém que acolhesse a minha dor, me sentia muito abandonada ou rejeitada na infância… Ah Tati, mas tudo vem da infância? Vou abrir um novo parágrafo para explicar.

Para tudo na vida temos um início. Fazendo uma analogia, dependendo do terreno que você plante uma sementinha, a maneira que você cuida dela, ela crescerá forte ou fraca, dará bons frutos ou não, concorda? Imagina você que a sua estrutura familiar, a sua casa, são o terreno e você a sementinha. Você acredita que o terreno que você cresceu era seguro, fértil e que foi bem regado e cuidado? Após refletir e responder, considere que o que você vive como padrões emocionais e comportamentais é uma consequência de como tudo começou.

Podemos pensar que no meio do processo de crescimento da plantinha, um bom jardineiro percebeu que à terra não estava boa e trouxe nova terra ou plantou a plantinha em um novo lugar. Isso também pode acontecer. Tem pessoas que percebem que estão sofrendo e procuram ajuda. Tem pessoas que aceitam a condição de sofrimento e permanecem vitimizadas.

Não importa a idade que você tenha, sempre existe a possibilidade de ressignificar as suas dores do passado, mudar a forma que você pensa e age no mundo. Se sentir uma vítima do mundo não é nada prazeroso. Se você se identificou com esse texto, aproveite o momento e pense sobre como você pode pedir ajuda e melhorar a sua qualidade de vida.

Tatiana Auler

Psicóloga

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