Você já deve ter sentido uma ansiedade tão forte a ponto de ter acelerado o seu coração. Mas até que ponto essa sensação pode ser considerada um ataque de pânico ou apenas uma manifestação fisiológica esperada em decorrência da ansiedade?
Quero te explicar de maneira bem simples e fácil de compreender o que é um ataque de pânico. Caso você se identifique, é importante procurar ajuda de profissionais como psicólogos e psiquiatras para te auxiliar no tratamento.
Os “ataques de pânico" tem como característica acontecerem ocasionalmente com a manifestação intensa de temor ou medo, acompanhados por sintomas físicos e cognitivos. Ou seja, um ataque de pânico não acontece a todo momento, e sim ocasionalmente. A pessoa é geralmente acometida por uma emoção de temor e medo muito intenso, seguido de pensamentos catastróficos.
Existe uma diferença entre sentir ansiedade e ter um ataque de pânico. Os episódios de pânico são distintos em função do seu início inesperado ou súbito e com uma duração curta, já ansiedade tem um surgimento gradual. Muitas pessoas relatam que o ataque de pânico acontece inesperadamente e sem nenhum motivo específico.
Segundo David Barlow, o diagnóstico de transtorno de pânico é dado em caso de ataques de pânico “inesperados” recorrente, seguidos de pelo menos, um mês de preocupação persistente com recorrência e suas consequências ou por uma mudança significativa de comportamento, como resultado dos ataques (Barlow et al., 1994;
American Psychiatric Association, 2013).
Uma pessoa que sofre com ataque de pânico, tem uma necessidade maior de fugir e se torna menos frequente a luta. O comportamento de luta ou fuga, provoca um aumento da excitação do sistema nervoso autônomo. É comum o relato de percepções de ameaças iminentes, como morte, perda do controle ou ridicularização pública.
Algumas vezes podemos sentir uma ansiedade muito grande e ser confundida erroneamente com um ataque de pânico. Como dito anteriormente, o ataque de pânico tem um curto tempo de duração, a ansiedade acontece de maneira mais gradual, com ausência de aceleração cardíaca ou outros indicadores de ativação autonômica (Barlow et al., 1994). Ataques de pânicos mais graves estão associados à aceleração cardíaca, por esse motivo, quando uma pessoa está sofrendo com a ansiedade, não necessariamente ela está tendo um ataque de pânico.
Já ouviu falar em pânico noturno?
Uma parte pequena da população, relata sofrer de ataques súbitos de pânico quando estão dormindo. Esse tipo de ataque de pânico, acontece geralmente após 1 a 3 horas após a pessoa ir dormir, sendo raro acontecer mais de um ataque por noite. O pânico noturno não é acordar e começar a sentir o pânico, ou sentir o pânico por lembrar de um pesadelo, ou pelo estímulo do ambiente, exemplo, ruídos inesperados, ou algo do tipo, a característica do ataque de pânico noturno é a pessoa acordar de maneira abrupta já com o ataque de pânicos sem nenhum fator desencadeante.
Pessoas que sofrem com ataques de pânico noturno, geralmente evitam voltar a dormir, o que causa uma privação crônica do sono, podendo favorecer mais episódios de pânico.
Caso esteja vivendo um desses sintomas, busque ajuda agora mesmo!
Psicóloga
Tatiana Auler
05/56969
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