O que a criança quer? Criança quer brincar, se divertir com os amigos, comprar brinquedos, ser livre, dormir a hora que quiser, comer o que quiser... Você se identifica com algum desses desejos? Seria bom poder viver todos os desejos infantis no corpo de um adulto. Mas, quando crescemos, a brincadeira é outra: começa com uma cobrança interna do que TENHO QUE SER; a criança, simplesmente é. Nos relacionamentos, o adulto se preocupa em CONSTRUIR E MANTER UMA RELAÇÃO, a criança se ocupa em brincar com aquele amiguinho, naquele momento; vive o presente. O adulto dorme pensando O QUE TENHO QUE FAZER, a criança dorme sonhando com o que fez. Enquanto a criança dorme tranquila, sabendo que tem alguém por perto para protege-la, o adulto se preocupa com a própria proteção. São tantas diferenças que poderia ficar escrevendo sem parar.
De tudo que foi dito, é possível encontrar uma aproximação do mundo da criança com o mundo do adulto. Tem uma frase que se usa muito na educação (que fique claro que eu não concordo): Primeiro a obrigação, depois a devoção! Se você cresceu ouvindo essa frase ou a ideia dela, provavelmente não consegue equilibrar os dois mundos. Não consegue por um motivo muito simples: no mundo do adulto, nunca deixará de existir as responsabilidades. Se espera que o dia do NÃO TENHO NADA PARA FAZER chegue para que você relaxe e experimente um pouco do mundo infantil, pode ser que esse dia não chegue nunca, ainda mais se sua mente funciona sempre no dia seguinte.
Nós, adultos, precisamos aprender a equilibrar o tempo que dedicamos à responsabilidade, com o tempo que usufruímos. Experimente, antes de ter que resolver alguma coisa, ter um momento de prazer. Pode ser que você resolva o que tem que resolver, se sentindo muito mais leve e tranquilo! A vida não é feita só de prazeres ou responsabilidades, não precisa ser 8 ou 80, pode ser equilibrada na medida do possível!
Tatiana Auler
Terapeuta
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Um pouco de Poesia...
Ah, se...
Se você fosse o verde,
Eu seria o rosa.
Se você fosse verso
Eu seria sua prosa.
Se você fosse artista,
Eu seria a escultura.
Se você fosse paisagem,
Eu seria sua pintura.
Se você fosse gaivota,
Eu seria o vento.
Se você fosse paixão,
Eu seria seu tento.
Se você fosse pião,
Eu seria o menino.
Se você fosse nação,
Eu seria seu hino.
Se você fosse movimento,
Eu seria a bailarina,
Se você fosse mar,
Eu seria sua Ondina.
Se você fosse,
Eu seria,
Amor.
Edna Farias
Professora de Português/Literatura
Revisora de textos
Aprendiz de poeta
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