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Foto do escritorTatiana Auler

Reconheça quando uma relação o desintegra.


O limite entre se entregar de uma maneira saudável e se entregar se desintegrando é muito sutil e, às vezes, difícil de se perceber.


Quando amamos, temos vontade de fazer tudo pelo outro. Na verdade, temos vontade de fazer com que a relação dê certo. Mas o que seria dar certo? Começar a “ficar”, namorar, casar, ter filhos e ser feliz para sempre? Podemos, sim, passar por todas essas etapas, mas não quer dizer que o “felizes para sempre” seja infinito como nos contos de fadas. Podemos chegar até a etapa do namorar e parar por ali, e isso não quer dizer que a relação não deu certo. O dar certo ou não depende do julgamento e da expectativa de cada um. Um breve encontro pode nos ensinar tantas coisas; até mais do que uma relação de anos.


Na busca enlouquecedora de “fazer dar certo”, nos entregamos ao outro, na expectativa de que esse outro irá suprir todas as nossas necessidades. Às vezes, nos “jogamos”, em vez de nos entregar, e, dessa maneira, a entrega nos desintegra emocional, mental e fisicamente.


Quando a relação vai aprofundando e se modificando, se essa modificação passa a não ser saudável ou do jeito que imaginamos que seria, começamos a entrar na fase de se desintegrar para tentar manter o que não é para ser mantido e, sim, rompido. Se entregar para o amor é maravilhoso, mas, quando começamos a fazer mal para nós mesmos para agradar o outro, o que era uma entrega saudável passa a ser uma sensação de desintegrar-se dos próprios valores, limites, amor próprio...


O amor ao qual nos entregamos sempre será desconhecido em sua continuidade. Explicarei: Amamos e nos entregamos à ideia de uma relação que supomos vir a ser contínua. O amor é um sentimento como todos os outros: surge e desaparece. Para manter o amor, são necessários estímulos. Se o casal não se nutrir através de atitudes, palavras, carinhos, pode ser que esse amor acabe. Se uma das partes não aceitar que o amor acabou, por ainda amar, pode passar dos próprios limites para tentar resgatar o amor do outro, se desintegrando emocional, mental e até fisicamente. Às vezes, nos jogamos na relação, em vez de nos entregar. É aí que mora o problema, é a hora que a entrega nos desintegra.


A entrega ao amor é saudável, não tem manipulação, estratégias, insegurança. Se está vivendo uma relação tranquila, o amor existe e, provavelmente, não o faz passar por cima de você mesmo para manter a relação. Então, relaxe! Se o amor só se mantém se você passa dos próprios limites, não se posiciona por medo, não vive o que você quer para viver em função do outro, muito ciúmes e insegurança, é hora de “apertar o pause” e rever o que está escolhendo viver.


Amar e ser amado com plenitude é o que todo mundo quer, mas nem todos conseguem, pelos medos gerados em relação aos traumas dos relacionamentos anteriores. Um bom trabalho de autoconhecimento ajuda a identificar esses traumas para que você lide com as suas relações atuais de uma forma mais leve e tranquila!


Tatiana Auler

Terapeuta


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Um pouco de Poesia


Minha vida

A felicidade me custa,

Pois parece tudo muito perfeito

Ser amada me custa,

Pois acredito não ter direito,

Já que a tristeza é a companheira

De uma vida inteira.

Mas vou torná-la passageira,

Eliminando meu próprio boicote

Ao amor e à sorte.

​E​dna ​F​arias

Professora de Português/Literatura

Revisora de textos

Aprendiz de poeta

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