Quem nunca teve um medinho do julgamento alheio? Medo de ser julgado, criticado, rejeitado. Sentir medo de não ser aceito é natural. O problema é quando esse medo fica tão intenso a ponto de começar a impedir o sujeito a sair de casa, transformando-se em uma fobia social.
Para você que nunca sofreu uma fobia social, pode parecer que o fóbico está exagerando, afinal, é só “não ligar para o que o outro diz”. Mas, na realidade do fóbico, não é assim que acontece. O que se passa em sua cabeça é tão intenso que ele chega a perder a voz, sentir tremores e ficar paralisado, a ponto de deixar de viver o mundo fora de sua casa.
Mas por que isso acontece? Como uma pessoa chega a esse ponto de fobia social? É muito provável que o fóbico tenha passado por alguma situação desagradável em algum contexto social em que se sentiu oprimido, julgado, atacado e, por consequência, acredita que possa sofrer novamente aquela dor emocional, mesmo sendo em um outro contexto social.
Para o fóbico, as pessoas se tornam uma ameaça. Ele tem pavor de ser olhado por muita gente, de ser o centro das atenções, de passar por questionamentos, de chamar atenção de maneira geral.
Fobia social tem cura? Sim! O que seria a cura da fobia social? É o sujeito vencer os desafios relacionados aos medos que o rodeiam e passar a viver uma vida funcional, ou seja, viver de maneira que a fobia não mais o impeça de fazer as suas atividades sociais.
Buscar um tratamento psicoterápico é essencial para a melhora da fobia social. Pensemos que o que causa a fobia social sejam os traumas experimentados pelo sujeito em seu passado. Isso o leva a construir pensamentos disfuncionais no presente, criando um transtorno em sua vida. Na psicoterapia, o sujeito encontrará um ponto de apoio, acolhimento e poderá, junto ao profissional, desenvolver recursos para lidar com os desafios no dia a dia.
Tatiana Auler
Psicóloga
CRP 05/56969
Comentários