Quando dizemos que nossa palavra “vale”, estamos tentando mostrar para o outro que ele pode confiar no que estamos falando. Acredito que existem pessoas que se comprometem com o que falam, e outras que tentam se comprometer, mas, muitas vezes, não conseguem.
O problema em colocar em negrito para o outro a afirmativa “a minha palavra vale” é que, se acontecer alguma coisa diferente em sua vida e você não puder cumprir com o que disse, ficará em maus lençóis.
Não há problema em não conseguir cumprir com que disse para o outro, o problema é quando você se coloca rígido em sua fala sem deixar uma alternativa, caso não consiga cumprir com o combinado.
Vou dar um exemplo:
Posicionamento rígido
Pode ter certeza de que eu vou aparecer em seu evento!
Posicionamento Flexível
Farei o possível para aparecer em seu evento!
A primeira frase não lhe dá alternativa a não ser ir ao evento. Caso falte por qualquer motivo, provavelmente a outra pessoa ficará chateada e você perderá a credibilidade.
A segunda frase é mais flexível, pois deixa claro que você tem vontade de ir ao evento, mas, se surgir alguma circunstância que o impeça, estará livre para dizer que surgiu um imprevisto.
Às vezes, a pessoa que está lhe perguntando pede uma CERTEZA. Como sair dessa? Você pode responder:
Pessoa: Tem certeza de que irá ao evento?
Você: Tenho certeza de que minha vontade é de ir ao seu evento e farei o possível para conseguir!
As relações se tornam mais leves quando a nossa palavra vale. Concordo. Mas você concorda que, construindo uma fala mais flexível, a sua palavra continua valendo, só que sem o risco de perder a credibilidade?
O desafio é saber construir as frases nas quais sua palavra vale e não deixará de valer caso você não cumpra com o combinado.
Tatiana Auler
Terapia
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Um pouco de Poesia...
O mundo
Pensei que fosse rainha
E levei bordoada da vida
Que não perdoou minha pompa
Abrindo-me em ferida.
Achei que fosse princesa
E pancadas tomei do mundo
Que tirou minhas ilusões
Pisoteando-me bem fundo.
Burlando o destino,
A borralheira,
O patinho feio,
Sou cerzideira.
Teço-me a cada dia:
A rainha, a princesa,
A gata que mia.
Edna Farias
Professora de Português/Literatura
Revisora de textos
Aprendiz de poeta
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