É bem provável que você tenha dito, em algum momento, que falar algo, em determinadas situações, era perda de tempo. E é verdade! Existem algumas situações em que não devemos insistir. Porém, existe um probleminha nisso: Você sabe distinguir quando a) falar se torna perda de tempo, por conta de uma dificuldade do outro em ouvir; b) a dificuldade é sua em aceitar uma opinião diferente; e c) é um limite que o outro está lhe dando?
É comum relacionarmos uma fala a “perda de tempo”, quando o que falamos não está surtindo efeito; quando falamos e o outro ignora ou só discorda; ou quando insistimos para falar, e o outro fala que já vai ouvir, mas esse momento nunca chega.
Existem algumas questões muito importantes a se observar nessas situações: 1) se o que você está falando não está surtindo realmente efeito; ou 2) apenas o outro não está querendo fazer o que você quer, pensar da mesma maneira que você ou, até mesmo, não pode conversar naquele momento ou não quer falar sobre o assunto. E, por isso, você acha que é perda de tempo, quando, na verdade, é uma dificuldade sua em aceitar a verdade e o desejo do outro.
É muito mais fácil dizer que o outro tem dificuldade de entender o que você está querendo falar do que assumir que é você quem tem dificuldade em ouvir. Calma, é mais fácil, porque existe um desejo natural em todos nós em ser acolhido, reconhecido, aceito, amado... E, em qualquer sensação de rejeição, acionamos um tipo de “alerta” interno que faz com que nos protejamos, justificando e responsabilizando o externo, ou seja, o outro.
A minha dica para você é: Tente encontrar o equilíbrio entre a sua verdade e a verdade do outro. Respeite os limites da outra pessoa; quando ela não quiser falar, tudo bem, pois é uma escolha dela e não necessariamente uma rejeição a você. Encontre palavras assertivas na forma como você se comunica. Tente não ser agressivo.
Uma dica preciosa: Pergunte para o outro qual é o melhor momento para conversar.
Tatiana Auler
Terapeuta
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