Você quer ser ouvido, compreendido, mas tem dificuldade de ouvir e compreender o outro? Saiba que, dependendo de como você aprendeu a construir a sua comunicação na infância, ou na relação com seus cuidadores, essa referência de diálogo, ou a falta dele, interfere na forma como você constrói os seus diálogos nos dias de hoje.
Dando alguns exemplos: se você se sentiu muito “atacada” em relação a tudo que você falava para seus cuidadores, provavelmente, nos dias de hoje, terá a tendência de se proteger em seus diálogos. Se você passou pela experiência de não ter espaço para falar sobre as suas dores ou desconfortos para seus cuidadores, é provável que nos dias de hoje você sinta dificuldades em expressar os seus sentimentos por medo de que o outro não os acolha.
Muitas das “falhas” na sua comunicação atual tem origem na construção dela; ou seja, na origem da sua formação. A questão é: o que fazer para mudar?
Se comunicar de uma determinada maneira se torna um hábito, e você pode ter construído vários deles ao longo do tempo. Hábitos como aqueles de sempre criticar, de não questionar para evitar conflito, ou ainda, de dizer não antes mesmo de ouvir o que o outro quer dizer…
E como todo hábito, o processo de mudança passa por dois passos básicos: inserir um hábito novo e acompanhar o processo de mudança.
Portanto, a minha dica é que você se pergunte:
Quais são os meus pontos fortes na comunicação?
Quais são os meus pontos fracos na comunicação?
Como foi construída a minha comunicação com os meus cuidadores?
O que posso fazer para melhorar a minha comunicação?
Responda essas perguntas e coloque em prática as suas propostas na intenção de transformar a forma como você constrói seus diálogos na vida
Tatiana Auler
Psicóloga
CRP:05/56969
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