O medo é o instinto básico de vida, proteção. Necessário para não por em risco nosso maior bem. Todavia é necessário ir além, não confundir medo com pavor. Pavor é o medo que paralisa, que enraiza. Ter coragem não é não ter medo, é enfrentar o medo, enfrentar é encarar o novo, o desconhecido. O medo não pode nem deve ser um sentimento paralisante, paralisados apodreceremos como água parada.
Encare seus medos, às vezes os fantasmas do medo não são tão grandes e muito menos existem, tudo é questão de percepção. E a maternidade? Isso é presente da vida, filho é carne de útero, das entranhas, proteção máxima da vida. Talvez a maior relação de amor, incondicional, mas ao mesmo tempo o medo presente sobre o filho, o mundo é cruel. Filho é uma consignação de Deus, a mãe entrega seu corpo para uma nova vida, o futuro, e o futuro vem abraçado com o medo.
Mãe não é o carro forte para o filho, mãe a professora da vida, a almirante de novos mares e mundos, já dizia o poeta: "filho é o recado que deixamos para o mundo". Mãe e filho não combinam com medos, filhos de grandes mães aprendem a brincar com os medos. Mãe é alegria da vida e filhos o sorriso da vida.
Paulo Azevedo
Escritor e Filósofo Contemporâneo
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