Em algumas relações, um se torna refém do falar agressivo do outro. Algumas vezes, para que não haja briga, conflito, escuta-se calado. Outras vezes, se reage à altura, falando no mesmo tom de voz, na tentativa de fazer o outro parar, o que acaba tornando o refém igual ao que não quer que o outro seja.
Vamos supor que você tenha alguém a seu lado que só sabe falar gritando, mandando, sendo agressivo, mas que você releva o tempo todo. Já se perguntou o motivo pelo qual você releva? Pode ser que você tenha medo de se posicionar e gerar uma consequência para a qual não está pronto.
O medo pode estar relacionado à perda da relação, e, por causa desse medo, você acaba engolindo o desconforto. Quando o medo é identificado, você sabe o tamanho que esse sentimento tem e, então, é mais fácil dar conta de estabelecer limites ao outro.Quando nos fortalecemos, fica mais fácil mostrar para o outro que a forma com que ele fala é difícil pra você escutar.
Dica da Tati:
Invista, pelo menos, 30min do seu tempo para esse exercício.
Papel e caneta na mão e vamos começar!
Antes de mais nada, reconhecer o seu medo é saudável para saber dar limites ao outro. Reflita se perguntando e escreva no papel as suas respostas:
- O que me faz sentir medo de me posicionar?
- De que consequência sinto medo?
- Em qual momento de minha vida, tive dificuldade de lidar com alguém agressivo?
Reflita sobre essas perguntas.
Agora, vou lhe dar uma dica de como se posicionar em relação ao outro com leveza, no momento em que ele estiver agressivo. Deixe o outro falar até que toda a sua fala se esgote. Quando perceber que o outro "esvaziou", fale:
- Podemos conversar em um momento mais tranquilo para nós dois?
Você não deixará de falar o que pensa, só procurará um momento em que possa fazê-lo sem ter que lidar com a agressividade do outro. Toda vez que o outro aumentar o tom de voz, faça a mesma coisa. Dessa maneira, estará "dizendo" para a pessoa que toda vez que ela aumentar o tom de voz, a conversa acabará.
Reflita sobre seus medos e encontre uma forma de se posicionar e transformar aquilo que está vivendo.
Tatiana Auler
Terapeuta
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