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Foto do escritorTatiana Auler

Desejamos que o outro seja o que queremos para não sofrermos.



Tudo que é novo, ou diferente do que estamos acostumados, nos gera medo e desconforto. Isso acontece porque nosso cérebro está sempre trabalhando em função de nos proteger.


Se pensarmos que o outro, para o nosso cérebro, pode ser uma ameaça, é natural que tenhamos comportamentos de controle, na tentativa de que a ação do outro não nos prejudique. O que não podemos esquecer é que o outro também tem um cérebro que está tentando protegê-lo e, por consequência, está fazendo o mesmo conosco.


O nosso cérebro busca, a todo momento, a zona de conforto, o que não quer dizer que seja confortável. Ainda que soframos por algo, se o sofrimento é constante, conhecido, o cérebro diz "Ah, ok! Ele está sofrendo, mas com esse sofrimento aprendemos a lidar!" E assim convivemos com aquelas situações que nos geram dor e sofrimento, mas que, em algum lugar, é melhor mantermos a dor conhecida do que arriscar uma mudança e sofrer por uma dor desconhecida, que não sabemos lidar.


Para que mudemos uma situação, é natural que busquemos certas "garantias", o que obviamente não existe, mas ok! Faz parte imaginarmos que algo nos deixará seguros para darmos um passo em direção a algo novo.


É natural, em todo relacionamento, que soframos ajustes para nos adaptarmos uns aos outros; a diferença entre esses ajustes e o controle é a rigidez. Para que o ajuste possa ser feito, é necessário que ambos sejam flexíveis para se adaptar ao ”modo operante" do outro. Caso contrário, a rigidez bloqueia os ajustes, causando conflitos na relação. A rigidez, nesse caso, seria não aceitar o outro em sua natureza, querendo que ele modifique suas raízes, o que seria praticamente impossível de acontecer.


Tatiana Auler

Psicóloga

CRP 05/56969

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