Estranho dizer isto, mas, no meu caso, como cresci aprendendo que a inteligência intuitiva tem um valor enorme, não tomo nenhuma decisão em minha vida se não for a partir da minha intuição. Aliás, nem sei como seria viver se não tivesse esse recurso maravilhoso em minha vida!
Entendo que, para a maioria das pessoas, seja o contrário. Não é comum nascer em uma família que tenha a intuição como um valor. Na maioria das vezes, isso não é culpa da família, e sim uma maneira social e comum de se enxergar o mundo. A maior parte das pessoas desqualificam a intuição e valorizam a razão. Para mim, por um motivo bem simples: historicamente os intuitivos, que na época possuíam grande valor e poder, foram temidos e desqualificados. Com o tempo, tornou-se necessária uma explicação para tudo, e não paramos por aí: além das explicações, que passaram a não bastarem por si sós, foram necessárias, para que fossem valorizadas as comprovações científicas. Bom, já dá para imaginar o motivo de não confiarmos mais na intuição. Hoje, a neurociência já possui pesquisas científicas que comprovam a intuição e sua ação no cérebro humano.
A intuição e a fé acabaram se misturando um pouco. Acho ambas importante, mas penso serem coisas diferentes. Na fé você confia e pede ao Universo algo que deseja que aconteça, seja no campo material, seja no campo subjetivo. Já na intuição, você recebe um direcionamento sobre qual o melhor caminho a seguir para viver o que é melhor para você.
Pensando dessa maneira, tanto a fé quanto a intuição — ambas juntas e ao mesmo tempo — são grandes protetoras. Confio muito mais em minha intuição do que em meus pensamentos por um simples motivo: a inteligência intuitiva é genuinamente uma sabedoria que todos nós temos. A razão é mais densa e pode, em uma tomada de decisão, perder-se no ego, no desejo, no controle e decidir egoicamente pelo pior em vez de o melhor naquele momento da vida.
Não é para que desvalorizemos a razão. Ela tem a sua importância. Mas não é que, muitas vezes, estamos certos racionalmente, entendendo que aquele seja o melhor caminho a seguir, mas com uma sensação muito ruim (intuição) e por mais que estejamos certos racionalmente, com todos os "cálculos" previstos, o mal pressentimento que tivemos acaba sendo validado pelo resultado ruim que aquela experiência trás? É nesse momento que pensamos: devia ter ouvido a minha intuição!
Gosto de usar a minha razão para estudar, escrever um artigo para você, fazer contas, planejamentos financeiros estratégicos, escolher cor de parede.... Rsrs... Essas coisas básicas e racionais da vida, mas quando se trata de decisões que podem me fazer subir ou cair na vida, aí prefiro consultar a minha intuição.
Se pensarmos pela física quântica, estamos vivendo em vários mundos ao mesmo tempo. Isso quer dizer que, não quer dizer que só porque uma coisa ainda não aconteceu em sua vida que, de fato, ela ainda não aconteceu; você apenas ainda não viveu na matéria. Explicando de maneira simples, quantas vezes você já teve um pressentimento sobre algo que iria acontecer e, de fato, aconteceu? Isso é porque, em algum lugar no tempo espaço, aquilo já tinha acontecido.
É desta maneira que a intuição pode te proteger: se já se encontra disponível a energia de um projeto, seja ele qual for, podemos intuitivamente acessar o seu possível resultado. Tudo bem que seja necessário muito treino para desenvolver a inteligência intuitiva, mas depois que se desenvolve, fica difícil não utilizá-la como um guia na vida.
Te convido a desenvolver a sua intuição. Se você mora no Rio de Janeiro, em março estaremos (o Instituto Auler) abrindo uma nova turma de desenvolvimento da inteligência intuitiva.
Espero você!
Tatiana Auler
Psicóloga
CRP 05/56969
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