Dizem por aí que devemos confiar no Universo, ter fé, ainda que as coisas não saiam conforme planejamos. Tudo bem uma vez ou outra aparecer uma pedra no meio do caminho e tivermos que desviar dela, mas quando aparece uma cratera, algo tão inusitado a ponto de mudar uma estrutura de vida, aí fica complicado encontrar essa tal “fé” para seguir em frente com confiança. Quanto maior o desafio, é natural que aumente o nosso medo, ou seja, para lidar com o tamanho do medo que você está tendo, irá precisar do dobro de coragem. Mas como encontrar dentro de si mesmo a coragem necessária para transpor o desafio proposto pelo Universo?!
Eu gosto de olhar para o meu passado e lembrar dos desafios que já superei. Em alguns momentos da minha vida, achei que não iria conseguir passar por cima de algumas situações, mas consegui! Aos trancos e barrancos, mas consegui! Por que desta vez seria diferente? Gosto de comparar os desafios da vida como as fases de um jogo de videogame: se começarmos a jogar um novo jogo pela última fase, com certeza não iremos conseguir passar ou só com muito, mas muito sacrifício, porém se começamos a jogar desde a primeira fase, da mais fácil, com certeza chegaremos até ao final do jogo e passaremos o poderoso chefão com mais facilidade. Você sabe porque isso acontece? Acontece porque, jogando o jogo desde o início, desenvolvemos habilidades que depois é só aprimorá-las para os desafios maiores, ou seja, para as fases mais difíceis da vida.
Em algum momento da sua vida, você poderá acreditar que aquela situação que está acontecendo é injusta, mas pode ter certeza que, quando você conseguir entender o sentido daquela experiência, conseguirá assumir novamente o controle da sua vida e se sentirá confiante novamente.
Ok! Mas e onde fica a fé, a confiança, a coragem? Eu gosto da ideia de acreditar que sou capaz de superar os desafios que aparecem na minha vida. Se hoje estou aqui, escrevendo esse texto para você, é porque consegui vencer muitas experiências desafiadoras. Isso não quer dizer que não sofra, que não me amedronte, sinto todos esses desafios emocionais, mas jamais entro no papel da vítima! Nunca se coloque como vítima, nunca!
Se algo acontecer com você, olhe para as suas capacidades e se pergunte: quais são os recursos que eu tenho para superar esse desafio?
Se algo não saiu conforme o esperado, pare de tentar abrir a porta que está fechada. Também é um ato de coragem desistir de uma batalha, recuar, e seguir um novo caminho, ou quem sabe dar um tempo, respirar e olhar tudo com um novo olhar?
Tatiana Auler
Psicóloga
CRP 05/56969
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